quinta-feira, 19 de junho de 2008

Tênue limite! - por heloisa ausier

Quem dera ser sábia o suficiente para saber dos limites... É tão fácil quando se trata de algo material. Todos nós sabemos onde acaba o limite do nosso terreno e começa o do vizinho. Mas qual o limite dos nossos deveres e direitos em relação aos nossos amores. Pode ser uma mãe que não deixa a filha sair e voltar tarde... qual o limite entre a paranóia da filha usar o tempo para algo errado e a ideia dela estar se divertindo. Limites são tênues numa cama de casal. Até onde alguém pode ceder e onde começa a ser subjugado. Cuidar sempre e ser cuidado é diferente de servir e ser servido? Qual é o limite quando você está com uma dor de cabeça infernal e não quer se levantar e pede um comprimido com um copo d'água para sua amada? É diferente quando você está com uma preguiça danada e pede o mesmo copo d'água? Limites... quais são? Depende da tua amada... ela é que vai dizer se existe diferença. Em questão de limite tudo é relativo. Até o limite entre a vida e a morte é tênue... Quando começamos a morrer? Quando nosso coração para de bater ou quando abrimos mão de sonhar?
Os limites são relativos... Eu amo alguém e acabo atropelando limites... os da individualidade do outro... se não amo... atropelo meus limites... meu coração precisa amar e ser amado... sem isso perco todo e qualquer limite.
Limites, limites, limites... palavrinha irritante que cerceia... queria poder ousar... enfrentar todo e qualquer limite imposto por mim para mim mesma...
Como uma sombra que se esgueira curiosa por baixo de uma porta trancada... queria me esgueirar e atropelar todos os limites do meu coração e pregá-lo firme e definitivamente num muro de pedra. Aí sim ele teria limites! Enquanto isso não acontece, ele teima e continua totalmente apaixonado!

Um comentário:

Eugenia Kos disse...

Ah... o amor! faz uma confusão, mas é tão bom, né? Que saudades da oficina literária. Beijo, não pare de escrever!